domingo, 31 de janeiro de 2010

A ATITUDE DOS PÁSSAROS



Você já se dedicou a observar a atitude dos pássaros perante as
adversidades?
Eles passam dias e dias construindo seu ninho,
recolhendo materiais, às vezes trazidos de lugares longínquos…
… E, quando fica pronto e se aprestam a pôr os
ovos, as inclemências do Tempo, a obra do ser humano ou de algum animal o
destrói e acaba com aquilo que custou tanto esforço…
O quê o pássaro faz?
Paralisa-se? Abandona a tarefa?
De jeito nenhum. Ele começa de novo, uma e outra
vez até que no ninho apareçam os primeiros ovos.
Em algumas ocasiões antes de nasceres os filhotes,
algum animal, uma criança, uma tormenta, destroem de novo o ninho, mas desta
vez perde-se também o seu precioso conteúdo.
Dói recomeçar de zero… Mas mesmo assim o pássaro
não emudece, nem recua, segue cantando e construindo, construindo e cantando…
Você já sentiu que sua vida, seu trabalho, sua
família, seus amigos não são os que você sonhou?
Já quis dizer chega, não vale a pena o esforço, isto é muito para mim?
Está cansado de recomeçar, do desgaste, da luta
diária, da confiança traída, das metas não atingidas quando você estava perto
de consegui-las?
Mesmo que a vida lhe golpeie mais de uma vez, não
se entregue nunca, ponha sua esperança à frente e arremeta.
Não se preocupe se no meio da batalha receber
alguma ferida, é de esperar que algo assim aconteça.
Junte os pedaços da sua esperança, arme-os de novo
e arremeta mais uma vez.
Não se importe com o que aconteça… não fraqueje,
siga em frente.
A vida é um desafio constante que vale a pena
encarar.
E, acima de tudo… nunca deixe de cantar.
                                        Desconheço autoria

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Haiti.
(Caetano Veloso e Gilberto Gil, letra de Caetano Veloso)
Quando você for convidado pra subir no adro da
Fundação Casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos
E outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se olhos do mundo inteiro possam
estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque, um batuque com a pureza de
meninos uniformizados
De escola secundária em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada
Nem o traço do sobrado, nem a lente do Fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém
Ninguém é cidadão
Se você for ver a festa do Pelô
E se você não for
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti

O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

E na TV se você vir um deputado em pânico
Mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo
Qualquer qualquer
Plano de educação
Que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
do ensino de primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua
sobre um saco brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina
111 presos indefesos
Mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos
Ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres
E todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti

O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui 


"Faz 17 anos que Caetano Veloso e Gilberto Gil comemoraram, com um belíssimo disco ("Tropicália 2"), os 25 anos da Tropicália, movimento artístico integrado por eles e por gente do calibre de Rogério Duprat, Torquato Neto, Os Mutantes, José Carlos Capinan e o grande Tom Zé.
O CD "Tropicália 2" é aberto pela antológica "Haiti", melodia de Caetano Veloso e Gilberto Gil, com letra (só) de Caetano Veloso, "O Haiti foi a primeira nação negra das Américas e chegou a ter importante papel no cenário econômico internacional, como grande produtor de açúcar. Depois de idas e vindas em embates com a metrópole (França), da independência, de drásticas mudanças na cadeia produtiva, da invasão (no século 20) por fuzileiros navais americanos, o país chegou à sanguinária ditadura Doc (Papa Doc e Baby Doc) e à condição de mais pobre país das Américas".
Quando Caetano diz "O Haiti é aqui / O Haiti não é aqui", refere-se ao fato de que, em muita coisa, o Brasil e o Haiti são semelhantes. Refere-se também ao fato de que, pelas semelhanças (histórica, étnica, econômica, sobretudo quando se trata de alguns estratos da sociedade brasileira, do resultado da monocultura do açúcar etc.), certa parcela do Brasil pode, sim, ter o mesmo destino do Haiti (se é que já não o tinha ou tem), daí o pedido para que pensemos no Haiti e rezemos por ele, o que, ao fim e ao cabo, implica pedir que se pense nesse estrato do Brasil e se reze por ele.
A realidade Haitiana não é tão distante da realidade dos morros cariocas, ou das catastrófes que acontecem por falta de zelo a coisa pública, do olhar sério para políticas públicas do nosso país.
Quando lembro dos 111 mortos no Carandiru me faz pensar que o Haiti é aqui, , quando penso na Candelária me faz pensar que o Haiti é aqui, quando penso que junto de cada mansão existente no Brasil tem uma favela próxima me faz pensar que o Haiti é aqui, quando precisamos do exército para entrar no morro me faz pensar que o Haiti é aqui, 17 anos se passaram e parece que Caetano escreveu a canção no dia da tragédia, já revista por muitos, diga-se de passagem, mas que só agora ganha o cenário mundial.
Quantos Haitis ainda terão que existir para que tenhamos dignidade, honradez e respeito pelo ser humano indeendente, de condição social, cor, raça ou credo?
Isa Croesy



sábado, 16 de janeiro de 2010

Simplismente seja....





SEJA FONTE...

Fonte de água pura e cristalina.
Seja água abundante para quem tem sede de amor,
de carinho, de força, de apoio, de diretriz.
Se você não tem nenhum motivo para ser feliz,
seja feliz por ser fonte.
Por ser procurado por aqueles que 
precisam de você.

Seja Porto...

Porto de chegada de almas cansadas,
seja porto para aqueles que andam perdidos
pelo mundo,
e que precisam de um lugar tranquilo para descansar
o fardo que carregam.
Para ser porto de chegada, abrace, afague,
receba, dê boas vindas.
Seja porto de saída, saída para quem precisar partir,
despedindo-se das ilusões, das dores,
dos fracassos e decepções,
partindo para uma vida melhor; para isso,
ajude, apóie,
converse, estenda as mãos, ouça, oriente.
Seja também um porto seguro,
para quem te ama e te precisa,
porto seguro para os amigos, para a família,
para quem precisar.
Para ser porto seguro,
esqueça o ego e pense no próximo,
esqueça suas dores e amenize as dores do próximo.
Esqueça sua fraqueza e se torne forte para os outros.
Se você não tem motivos para ser feliz,
seja feliz por ser porto,
para receber aqueles que procuram por ti.

Seja Ponte...

Ponte que liga a vida terrena à eternidade do céu..
Para ser ponte, compreenda,
perdoe e deixe as pessoas passarem por você.
Para ser ponte, 
esteja no fim da estrada daqueles que não encontram
o caminho de volta.
Seja a passagem, e não o atalho,
seja o caminho livre e não o pedágio.
Se você não tem outro motivo para ser feliz,
seja feliz por ser ponte.
Ponte significa união, ligação, laços de afeição.


Seja Estrada...

Estrada longa, gostosa de passear,
estrada iluminada de dia pelo Sol e de noite pelo luar.
Seja estrada que guia,
estrada que conduz a outros caminhos.
Se você não tem outro motivo para ser feliz,
seja feliz por ser estrada,
estrada dos peregrinos da vida,
estes plantarão flores aos seus pés.
Seja estrada para os caminhantes do tempo,
estes regarão as suas flores.
Seja estrada para os andarilhos do mundo,
estes poderão colhê-las, e sentir o seu perfume.

Seja Estrela...

Seja a estrela que mais brilha no firmamento.
Seja a estrela inspiradora dos poetas,
dos românticos e apaixonados.
Para ser estrela, ilumine os que te cercam,
distribua luz gratuitamente.
Seja estrela guia, estrela da sorte.
Se você não tem outro motivo para ser feliz,
seja feliz por ser estrela,
porque as estrelas estão sempre no alto,
são soberanas porque guiam os navegantes.

Seja Chuva...

Chuva que molha os corações secos, vazios de amor,
de esperança, de paz.
Seja chuva que inunda os campos áridos,
que molha os jardins,
que dá vida a toda vegetação,
e faz transbordar os rios.
Se você não tem outro motivo para ser feliz,
seja feliz por ser chuva;
a chuva é sempre esperada,
porque dela depende a continuidade de toda
a humanidade.

Seja Árvore...

Árvore que dá frutos para quem tem fome,
que dá sombra e refresca
o árduo calor dos caminhantes que seguem pela vida.
Seja árvore que aninha, que acolhe os passarinhos,
que enfeitam os quintais.
Se você não tem outro motivo para ser feliz,
seja feliz por ser árvore.
Porque ser árvore é ter raízes sólidas e profundas.
É ter braços que se alongam, que se estendem...
É produzir flores para enfeitar a alma de alguém,
é ser forte e enfrentar temporais.
É ter suas folhas embaladas pelo vento,
é ser molhada pela chuva,
e acalentada pelo Sol, é fazer parte da Criação,
como um ser único.

Ser Fonte,
ser Porto,ser Ponte ou Estrada,
ser Estrela,
ser Chuva ou ser Árvore...
é servir a Deus.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Alicerce Seguro, mandado por Suzete (grande amiga!)




O homem, para vencer suas imperfeições, deve admiti-las.. .
É o primeiro e decisivo passo.
O segundo é não entregar-se ao desânimo.
Compreender que tudo é moroso e perseverar na conquista das virtudes.
Mesmo reconhecendo- se limitado, não parar de servir...
Que retifique com uma mão o que danificou com a outra.
Que se erga do chão, nem que seja para de novo cair.
Se não consegue deixar de errar, procure acertar igual número de vezes...
Não queira desferir um vôo para o qual suas asas não estão preparadas.. .
Mas não se acomode na lama em que rasteja.
Fortaleça-se na peleja cotidiana.
Até no aparente fracasso o homem aprende a superar-se.
Não espere sair do lugar, se não se dispuser, com as próprias pernas, a caminhar.
Sem alicerce seguro, parede alguma se sustenta de pé.
A ação repetida no bem acaba por induzir-nos à sua prática, sob a naturalidade com a qual respiramos.
 
                                                IRMÃO JOSÉ

Toque de fé


Ergue-te e caminha.
Enxuga as lágrimas e fita os céus.
Deus que te sustentou até ontem, sustentará hoje e sempre.
A sombra vale para destacar a luz.
Surge a dor para aumentar a alegria.
Se provações te feriram, esquece.
Se desenganos te amargaram a existência, não esmoreças.
Escuta a esperança, no silêncio da própria alma, a falar-te de futuro e de amor, de beleza e eternidade e transforma a bênção das horas em riqueza de trabalho.
Olvida toda sombra, à procura de mais luz e perceberás que Deus está contigo, em teu próprio coração, a estender-te os braços abertos.

Livro Amizade
Meimei & Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mais um lindo texto de Nilzan Guanais

PREGUIÇA BAIANA SEGUNDO NIZAN GUANAES

Não gosto quando se referem à Baianidade com o estereótipo da preguiça. Da falta de sofisticação.

Pierre Verger fotografou a Bahia, e os corpos que ele retratou são peitos, troncos e bundas enrijecidas pela história e pela vida dura.
São homens açoitados pela escravidão. A Bahia é graça, prazer, leveza, mas ela é também luta. O Brasil ficou independente com um grito em 1822. A Bahia teve que lutar, morrer e vencer para expulsar  de vez os portugueses em 2 de julho de 1823.
Castro Alves, o maior poeta brasileiro, morreu aos 24 anos, deixando  uma obra imensa. Ou seja, trabalhou muito para deixar tanto em um tempo tão curto de sua existência.
Todos os anos o povo da Bahia anda 12 quilômetros com potes de água  na cabeça para lavar as escadarias.
No Carnaval baiano, enquanto milhões se divertem, milhares trabalham dia e noite cantando, tocando, vendendo, para que o nosso povo e gente de todo o mundo possam se divertir.
Além disso, quem construiu todas aquelas igrejas, aqueles fortes, monumentos? Nós. Quem colocou cada pedra no Pelourinho? Nós. Quem foi açoitado no tronco que deu ao Pelourinho seu nome? Nós. Quem escreveu músicas, filmes, encenou, pintou, esculpiu parte significativa da produção artística deste país?  

Ano após ano, década após década? Nós, os baianos.
Joana Angélica, Maria Quitéria são ruas no Rio de Janeiro, mas na Bahia são sofrimento, luta e heroísmo.
A Bahia é luta, mas ela compreende que a vida não é só isso. E não é. E é por isso que essa tal Baianidade atrai em todas as férias e feriados estressados de todo o mundo.
Na costa da Bahia, o melhor conjunto de resorts do Brasil foi construído para que você possa experimentar o melhor da vida, e a gente trabalha enquanto você descansa.
O reitor Edgard Santos, baiano de boa cepa, fez uma das significativas obras de produção acadêmica e cultural, com contundente dedicação.
Lamento que a Bahia seja tão amada, tão exaltada e tão pouco compreendida.
Todos aqueles coqueiros e boa parte das frutas e especiarias que a Bahia tem não nasceram ali: vieram de outras índias e foram plantados pelas mãos calejadas do povo da Bahia.
Mas o mundo é de percepção. E, lamentavelmente, as novas gerações, por incompetência nossa, herdaram a parte mais vulgar, mais inculta, mais básica e folclórica desta baianidade.
Cabe a nós, os velhos, passarmos pela tradição oral, que é de fato Baianidade.
E lembrar a quem dança na Bahia que, enquanto ele dança, alguém toca. Que enquanto ele reza, alguém constrói igrejas.
Ou seja, na Bahia o trabalho é voltado para o lazer e encantamento do mundo.
E toda vez que você chegar estressado e branco e sair moreno e feliz, chegar descrente e sair otimista e apaixonado, nosso trabalho, nosso papel no mundo estará sendo cumprido.
Baianidade é enfrentar a dura vida de uma maneira que ela pareça menos dura e mais vida.
E para que exerçamos a plena Baianidade, é preciso que entendamos plenamente do que é que somos orgulhosos.
Sou orgulhoso da Bahia mãe de Menininha, Cleusa, Carmem, Stella, do grande Obarain e de Padre Sadock, Padre Luna e Irmã Dulce.
Sou orgulhoso da Bahia de Ruy Barbosa, Glauber,  - estilos diversos da mesma paixão baiana que nasceu no 2 de julho.
Sou orgulhoso de Gil, Caetano, Bethânia, Gal, de Jorge, meu amigo amado.
Sou orgulhoso de Caribé, Verger, Lícia Fábio, que não nasceram na Bahia, mas a Bahia nasceu deles.
Sou, enfim, orgulhoso dos filhos da Bahia. E por isso sou tão orgulhoso do Brasil.
O Brasil é o maior filho da Bahia. Ele nasceu lá no dia 22 de Abril de 1500 e é por isso que os brasileiros ficam tão felizes quando vão à Bahia. Porque eles estão, na realidade, visitando os parentes, revendo suas raízes.
Baianidade é enfim o DNA do Brasil, é o genoma do país.

Quando o Brasil vai à Bahia, ele volta para casa.       http://vivisena.files.wordpress.com/2009/03/elevador_lacerda_salvador_bahia.jpg

domingo, 3 de janeiro de 2010

Coragem e sonhos

"Coragem não é a ausência do medo, mas a capacidade de avançar apesar do medo. Em tudo e todas as situações com que a vida se depara, sejam elas agradáveis ou não, o homem tem que se adaptar à grande lei da mudança, da renovação, e continuar a crescer. "

"Sonhos terão realização crescente. O crescimento é semelhante ao de uma árvore; mesmo quando perde as folhas no inverno ela não fica inativa. Prepara-se, silenciosamente, para quando chegar a primavera lançar novos brotos e belas flores. "